sexta-feira, 11 de abril de 2008

No Outono



A distância faz do amor um absurdo velado
Para te ver mantenho os olhos fechados
E ao erguer a mão de dedos sedentos, a sentença:
Toco o espaço vazio da sua antiga presença.

Retiro o véu tênue que cobre esparsas lembranças
Para refazer o teu rosto num assomo de esperança
E trago nestas mãos um coração que se desfaz
Como flores desfiadas pelo vento que o outono traz

Por tua saliva minha pele ainda reclama
Minha boca por teu beijo implora insana
E o silêncio ressoa as palavras que disseste

Vejo-te sorrir ao dizer que me ama
E nos olhos há uma lagrima que derrama
Pela lembrança de tudo que me deste.
((c)Alyne Santos)

Nenhum comentário: