domingo, 13 de janeiro de 2008

E pra começar...


A Falta


A distância, mãe da saudade
Afastou seus olhos dos meus, sem piedade
Descolou seus lábios da minha pele que grita
Separou o contato delicado das mãos aflitas

Agora meus olhos vagueiam perdidos
Meus lábios se crispam ressequidos
Meu corpo tem a febre do desejo sentido
Minhas mãos ficam soltas no vazio sofrido

Longe desse sonho que se faz permanente
Vivo a solidão de não poder sentir plenamente
E no desejo que me invade denso, sorris
Sem te ver eu te invento e sou feliz

Te vejo, quebrando a distancia absurda
Com mãos brancas, lânguidas, agudas
Molha minha boca do néctar vital
Pousa em mim teu prazer delicado e fatal

Vem! Faz poesia desse momento
Inunda minha vida de encantamento
Mostra a realidade do instante esperado
Seus pés nus tocando o universo sonhado


(©Alyne Santos )

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